Monday 20 July 2015

Orpheu

E pronto. Ao fim de alguns (vários) dias lá ganhei coragem para abrir a caixa. Tinha chegado no início de Julho, e ainda não tinha tido coragem para a abrir.




Lá dentro estava o 297.º dos 1200 exemplares publicados de uma edição fac-similada daquilo que "os putos de Orpheu" transformaram n'o primeiro grito moderno que se deu em PortugalEm jeito de comemoração do seu centenário, e numa homenagem tão, mas tão merecida à Orpheu, a Tinta da China esmerou-se numa publicação sumptuosa, e repleta de detalhes deliciosos.




Quanto aos detalhes... Enfim, é aí que está o Diabo. Desde as linhas com que as revistas se cosem e que dão a sensação que podem desfazer-se se não forem tratadas com cuidado, passando pelo tipo de letra ou pela cor e textura das folhas, pelos marcadores de leitura e pelas folhas por separar. Tudo tão simples. Tudo tão delicioso. Detalhes que dão um impulso às engrenagens da imaginação, levando-nos no tempo. Ainda assim, não me parece que consiga rasgar as páginas ainda por separar (detalhe soberbo, deve dizer-se). Antes me imagino num malabarismo voyeurista a segurar em ambas as páginas com o maior do cuidados para que nada se desfaça, mania que vem dos tempos de criança.




À Tinta da China ficam os parabéns, claro. Mas a todos os coleccionadores que disponibilizaram as suas cópias para que isto fosse possível fica um enorme agradecimento. :)



Para saber mais sobre o livro: http://www.tintadachina.pt/book.php?code=eb4af8e1b67e769382f0b2e3192cec1a&tcsid=647c87qjtv219u5q9makcps1k2

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