Zagreb, Croácia | Europa

Sempre que vou para fora a trabalho, e sempre que possível, marco um ou dois dias de férias para ficar a conhecer melhor a cidade para onde vou. Este ano fui até Zagreb, a capital da Croácia. Quem, como eu, foi adolescente entre os anos 80 e 90, habituou-se a ouvir falar na Croácia por motivos de conflitos sociais, económicos e políticos. Mas a verdade é que o tempo passou e a Croácia tem feito um esforço para se adaptar, sendo hoje um destino turístico em ascensão.

Zagreb divide-se caracteristicamente em duas partes: a Cidade Alta, a parte mais antiga da cidade (o seu centro histórico) que se destaca pelo legado arquitectónico medieval, e que serve de "miradouro" para a "Cidade Baixa", parte de Zagreb que se desenvolveu mais tarde e que tem uma arquitectura que remonta aos séculos XVIII e XIX.

Entre sugestões dos meus colegas croatas, conselhos de colegas e dicas de vários sites na Internet, aqui fica um resumo daquilo que fiz pela cidade no pouco tempo que me restou.

A vista do hotel logo pela manhã deixa adivinhar o tipo de cidade que nos espera. Uma cidade onde o novo e o velho se misturam, mas que o faz de uma forma ainda muito ténue.

Os Parques
Zagreb está sarapintada de verde. Há parques por todo o lado. Desde instalações artísticas a parques infantis, é possível encontrar de tudo aqui. Estes parques são muito procurados pelos turistas que querem abrigar-se do Sol. Os residentes procuram-nos para relaxar depois de um dia de trabalho, ou para namorar. ;)

Há também quem escolha estes parques para fazer a sessão fotográfica para o seu casamento. :) Vi uma destas sessões numa das minhas travessias pela cidade.

Na Cidade Baixa, é ainda possível visitar o Jardim Botânico de forma gratuita.:)

Onde e o que comer
Na Cidade Alta há algumas ruas cheias de sítios onde podemos comer e beber a qualquer hora.

Jantei por lá em duas das noites que estive na cidade, e na primeira noite não consegui encontrar quem me servisse comida típica da região. Ao que parece, demora muito tempo a confeccionar. :) Ainda assim, na segunda noite insisti na minha procura e lá encontrei um sítio que me servisse "štrukli", um folhado de queijo gratinado e regado com molho Béchamel.

O que visitar | Museus

Como estive pouco tempo na cidade, preferi andar pelas ruas a enfiar-me dentro de portas. Ainda assim, visitei dois museus: o Museum of Broken Relationships (creio que a melhor tradução para este nome é mesmo "Museu das Relações Falhadas") e o Nikola Tesla Technical Museum. Disseram-me que o primeiro é uma paragem obrigatória para quem passa pela cidade, e o segundo visitei por mera curiosidade. O Museu das Relações Falhadas expõe objectos enviados para o museu por cidadãos de todo o mundo e que representam parte de histórias dessas pessoas que, por um motivo ou outro, não acabaram bem. É possível ler as histórias ao lado de cada um dos objectos. Por muito curioso que seja o conceito, confesso que saí de lá um pouco deprimida... O segundo museu acabou por me decepcionar um pouco, pois apesar de ter um potencial enorme, o museu estava um pouco abandonado, a recepcionista não falava inglês e não parecia haver uma lógica na exposição permanente...

O que visitar | Igrejas

As igrejas são uma parte integrante do roteiro turístico de Zagreb. Só na zona alta, há quase uma dezena de igrejas que podemos visitar. A Catedral destaca-se, claramente, pela sua imponência, mas a icónica Igreja de São Marcos ganha-lhe em charme e personalidade.

O que visitar | mercados

Zagreb tem um mercado icónico que decorre todos os dias, o Dolac, famoso pelos seus guarda-sóis vermelhos. É essencialmente um mercado de frescos, mas é possível encontrar algumas banquinhas onde podemos comprar lembranças e outros objectos típicos da cidade. Centenas de pessoas visitam o mercado todos os dias.

Há um outro mercado, semelhante ao Dolac, na British Square que infelizmente não consegui visitar.

O que visitar | outros pontos de interesse

Há vários locais a visitar em Zagreb, tudo depende dos gostos e preferências de cada um. Na Cidade Baixa é possível visitar o Museu de Arte Contemporânea, o Teatro Nacional, ou o Centro de Arte de Zagreb. O Funicular faz a ligação até à Cidade Alta e é uma atracção bastante popular. PAssei por lá, mas infelizmente não tive tempo para andar nele.

Tentei visitar os sítios mais típicos e sentir a cidade durante o dia. Durante a noite não saí, mas pelo que consegui perceber na noite em que cheguei (passava da 1h da manhã, hora local), Zagreb é uma cidade pacata e segura. É ainda uma cidade que está a adaptar-se ao crescente turismo que se faz sentir na região, e precisa de algum trabalho para adaptar a sua oferta aos turistas. É notória a mistura do passado com o presente pela cidade. É frequente vermos os edifícios oitocentistas com placards electrónicos cheios de referências publicitárias, conforme é possível ver na principal praça da cidade, ou edifícios modernos, envidraçados e cheios de cor, no meio dos mais antigos na Cidade Baixa.

Recuerdos
É claro que não podiam faltar os recuerdos... Os magnets, as pulseiras e os doces (disseram-me que são típicos, mas não faço ideia...). Não há fotos das pulseiras, mas garanto que eram giras. :)

Talvez não seja uma cidade aonde voltar tão cedo, ainda assim fico contente por poder espetar mais um alfinete no mapa. :)